Santos Católicos
Santo Expedito
Este foi contemporâneo de Santa Filomena, depois de ter passado pelo suplício de ser açoitado com varas, recebeu gloriosamente o martírio da decapitação. Deu-se esse fato por ordem de Deocleciano na cidade de Militia, na Armênia, a 19 de abril, no 4ºséculo.
Santo Expedito era chefe de uma legião romana, sendo também por essa ocasião sacrificados seus companheiros d'armas, os santos Caio, Calatas, Hermógenes, Aristônio e Rufo. O culto deste santo mártir conhecido primeiramentena Alemanha e pouco depois na França, parece atualmente sair das sombras onde estava sepultado a longos séculos.
Os ex-votos e as inúmeras ações de graças que se dirigem todos os dias a Santo Expedito tornaram bastante conhecida sua poderosa intercessão junto a Deus.
Este Santo Mártir é especialmente invocado nos casos urgentes que demandam pronta solução e que uma demora, poderia comprometer: é o Santo da décima primeira hora, aquela cuja invocação nunca é tardia; mas também Ele insita a fazer depressa o bem, e não deixar para o dia seguinte e a cumprir sem demora aquilo que se promete.
Santo Expedito é também protetor da mocidade cristã e ela quanto tem hoje necessidade de energia e de fé para resistir às seduções de impiedade e dos maus exemplos! Santo Expedito é um modelo desta fé invencível contra a qual os poderes a traí-la. É também invocado para pedir a conversão dos pecadores.
Santo Expedito esmaga um corvo: diversos padres latinos tomaram esta ave como símbolo dos aviamentos intermináveis, por causa do seu grito - Crás! Crás!-amanhã! amanhã!- Santo Expedito é invocado nos casos urgentes, espirituais e temporais; nas viagens, nas grandes empresas, nos negócios e deveres do estado, mostra a Cruz sobre a qual está escrito: Hodié (Hoje!) - e esmaga com o pé um corvo que grita Crás!(amanhã!); para demonstra que não se deve duvidar da bondade de Deus, nem deixar para amanhã o rogar e pedir com fervor e confiança, pois "nada é impossível a Deus".
Santa Joana D'Arc
Heroína francesa (Domrémy, 6-I-1412 - Rouen, 3O-V-1431). Era uma simples aldeã, filha de camponeses, que se dizia inspirada por Deus para realizar a grande empresa de expulsar os ingleses que ocupavam a maior parte do território de sua pátria. Aos catorze anos passou a ouvir vozes celestiais, acreditando que o arcanjo São Miguel, além de santa Catarina e santa Margarida, com ela confabulavam. Suas numerosas visões indicavam-lhe a missão que veio a realizar.
Quando as lutas entre franceses e ingleses se aproximaram do Barrois, a exaltação da camponesa tornou-se mais intensa, e não pôde retardar por mais tempo o cumprimento das ordens sobrenaturais. Partiu de sua aldeia e obteve de Robert de Baudricourt, capitão da guarnição de Vaucouleurs, uma escolta para guiá-la até Chinon, onde se achava Carlos VII, rei de França, então escarnecido como 'rei de Bourges', pelo seu reduzido domínio territorial.
O país estava quase todo nas mãos dos ingleses. Os borguinhões, seus aliados, com a cumplicidade de Isabel da Baviera, entregaram a nação ao domínio britânico, pelo tratado de Troyes. Inspirada por extraordinário patriotismo, procurou Joana o rei Carlos Vll e comunicou-lhe a insólita missão que recebera de Deus.
Nesse encontro de março de 1428, assombrou a todos a segurança com que se dirigiu ao rei, que lhe entregou o comando de um pequeno exército, para socorrer Orléans, então sitiada pelos ingleses. A caminho, diante da atitude heróica da humilde camponesa, as tropas se avolumaram.
Chegando a Orléans, Joana intimou o inimigo a render-se. O entusiasmo dos combatentes franceses, estimulado pela estranha figura da aldeã-soldado, fez com que os ingleses levantassem o sítio da cidade. Em lembrança desse feito glorioso Joana d'Arc foi cognominada a 'Virgem de Orléans' (Pucelle d'Orléans).
O êxito aumentou o prestígio da camponesa, inclusive entre o exército inimigo, e despertou a crença em seu poder sobrenatural. Realmente a coragem dessa heroína realizou o desejado milagre: ergueu o espírito abatido da França. Um sopro cívico perpassou pela nação. Nova missão, porém, ambicionava Joana d'Arc: levar o rei Carlos VII para ser sagrado na catedral de Reims, como era tradição na realeza francesa. A sagração ocorreu a S-V- 1429. Na tentativa que se seguiu, de retomada de Paris, a heroína foi ferida. O sangue derramado aumentou o patriotismo de seus conterrâneos.
Caberia, contudo, a Joana d'Arc a palma do martírio. No ataque que empreendeu a Complègne, em maio de 1430, foi aprisionada pelos borguinhões.
Nem estes nem os ingleses quiseram executá-la sumariamente, como poderiam ter feito. Seu plano era privá-la da auréola de santa, obtendo sua condenação num tribunal espiritual. No jogo de interesses políticos que envolveu sua figura de heroína, Joana d'Arc não encontrou nenhum apoio por parte do rei. Em 14 de junho o bispo Pierre Cauchon surgiu no acampamento de Jean de Luxemburgo, onde se encontrava a prisioneira.
Ambicioso e desejando obter o bispado de Rouen, então vago, Cauchon faria tudo para agradar aos donos do poder. Joana foi vendida aos ingleses. No processo que se seguiu, e em que Cauchon foi um dos Juízes, Joana foi condenada à prisão perpétua, 'ao pão da dor e à água da agonia', fórmula empregada para entregá-la à justiça leiga.
Sentenciada a ser queimada viva como relapsa, foi supliciada publicamente na praça do Mercado Velho, em Rouen. O sacrifico da heroína despertou novas energias no povo francês. Carlos VII, expulsando finalmente os ingleses de Calais, foi chamado o Vitorioso.
A figura de Joana foi celebrada em centenas de obras de arte e muitas obras literárias. A Igreja canonizou-a por ato do papa Bento V, em 1920.
São Jorge
Santo de grande devoção popular, padroeiro da Inglaterra, de Aragão e Portugal. Crê-se que foi martirizado em Lydda, na Palestina. Não há razão de se supor que a ele se tenha referido a história eclesiástica de Eusébio, tanto quanto tem sido desacreditada a assertiva de Gibbon de tratar-se de Jorge da Capadócia, oponente de Atanásio.
Do séc. XI em diante, tornaram-se muito populares várias lendas sobre sua vida, as quais se foram tornando cada vez mais extravagantes. A história do salvamento da virgem, do dragão, aparecida no fim do séc. XII, e popularizada no século seguinte, deve-se talvez ao fato de que a lenda clássica de Perseu e Andrômeda se refere a Jaffa ou Arsuf, não longe de Lydda.
São Jorge ficou conhecido na Inglaterra, pelo menos a partir do séc. VIII; não está clara, porém, a razão por que se tornou seu patrono. Sem dúvida, os cruzados que voltavam de suas campanhas popularizaram seu culto (diz-se que foi visto ajudando os cruzados no cerco de Antioquia, em 1098), mas é provável que não tenha sido reconhecido como tal até ter sido feito patrono da então recém-fundada Ordem da Jarreteira, pelo rei Eduardo III.
Em Portugal, sua devoção parece ter sido introduzida pelos cruzados ingleses que auxiliaram D. Afonso Henrique na conquista de Lisboa, em 1147. D. João I, o fundador da dinastia de Avis, foi grande devoto de São Jorge e o fez patrono nacional, em substituição a Santiago, que já o era dos castelhanos. Ordenou que sua imagem eqüestre figurasse na procissão de Corpus Christi (1387).
Também no Brasil, nessa célebre procissão, era de praxe a presença do santo. Em São Paulo tal costume perdurou até 1872, quando a Imagem, desequilibrando-se do andor, caiu sobre um soldado, matando-o. No Rio de janeiro, a Irmandade de São Jorge mantém uma Igreja, de afluência popular, na praça da República. Sua festa era celebrada a 23 de abril, mas na reforma do calendário litúrgico, em 1969, o papa Paulo VI determinou que são Jorge fosse comemorado a 1o de janeiro.
São José
Foi o esposo de Maria, mãe de Jesus. Sua ascendência aparece nos Evangelhos de Mt 1, 1-17 e de Lc 3, 23-38. Ambos pretendem mostrar ser ele descendente de Davi, de quem o Messias devia proceder. Depois do nascimento de Cristo, em Belém, viveu até a morte em Nazaré.
O Evangelho de Mateus dá destaque a José; o de Lucas o põe em segundo plano. Exerceu a profissão de carpinteiro e provavelmente faleceu antes da vida pública de Cristo (Jo, 19, 26). A tradição cristã diz que José guardou a castidade antes e depois do casamento com Maria. É considerado padroeiro da Igreja universal.
Seu casamento com a Virgem Maria era festejado a 23 de janeiro, sendo, porém, abolido das festividades litúrgicas por instrução do papa João XXIII (l961).
São Pedro
Um dos doze apóstolos. Aparece sempre em evidência nos Evangelhos, sendo conhecido também pelos seguintes nomes: Simão, Simão Pedro, Simão Barjona (filho de João ou Jonas). Seu nome real deveria ser Simeão, mas por influência do grego (Símon) foi corrompido para Simão, assim como o termo Pedro é a tradução grega do apelido que Cristo lhe deu, Cephas ('rocha', em gr. Pêtros). Nasceu na Galiléia. Seu sotaque regional o atraiçoou na noite em que Cristo foi preso.
Exercia o oficio de pescador no mar da Galiléia, em sociedade com o irmão André e os dois filhos de Zebedeu: João e Tiago. Sabe-se que era casado, por viver com a sogra em Cafarnaum, Mc 1,30. Conheceu Jesus, quando lhe foi apresentado por André, às margens do Jordão, onde tinha ido com seus sócios, atraído pela fama do Batista. Jesus, desde a primeira entrevista, olhando-o com simpatia, anunciou-lhe que seria pescador de homens, no futuro.
De acordo com a narrativa evangélica, tinha um temperamento veemente e espontâneo, leal e generoso, de iniciativas ardentes e de raciocínio rápido, ao mesmo tempo que era precipitado e um tanto timorato. Se confessou resolutamente a divindade de Jesus, junto aos doze, em Cesaréia de Filipos, negou três vezes que o conhecia aos soldados que acabavam de prendê-lo.
Erasmo, a propósito, notou que o chefe da religião cristã começara seu apostolado renegando Cristo, enquanto que o legislador da religião judaica, Moisés, iniciava a religião do povo eleito com as cenas da adoração do bezerro de ouro. Paulo confessa que resistiu frontalmente a algumas idéias de Pedro na primeira reunião em Jerusalém (concílio).
O ponto de disputa era o tratamento dos gentios (não judeus) convertidos ao catolicismo. Paulo saiu vitorioso, mas isto não nega a notável preeminência de Pedro, na comunidade cristã primitiva. É mencionado 23 vezes no Evangelho de Marcos, seu discípulo; 24 no de Mateus, que o exalta mais do que qualquer outro; 27 no de Lucas; 39 no de João; e 182 vezes, ao todo, no Novo Testamento. Por isso, é incontestável sua liderança no início da vida cristã.
Fora dos Evangelhos, poucas são as fontes históricas a seu respeito. Pela leitura dos Atos dos Apóstolos, conclui-se que estava mais absorvido na administração da comunidade cristã do que na propagação da 'boa nova cristã', como o apóstolo Paulo.
A referência à morte de Pedro, no último capítulo do Evangelho de João, é obscura, embora talvez fosse suficiente para o entendimento dos primeiros cristãos. "Em verdade (fala Cristo) te digo que, quando eras jovem, tu te vestias e ias aonde querias, mas, quando fores velho, serás levado pelas mãos e outro te cingirá e te levará aonde não queres ir." A tradição posterior interpretou este prognóstico de Cristo como sendo o anúncio de que Pedro seria martirizado.
A mesma tradição o considera como o primeiro bispo de Roma, sendo, porém, de observar que, na época, como muito depois, não havia, na cristandade, nenhum bispado organizado, o que somente veio a se concretizar, na lgreja, nos fins do segundo século. É, porém, fora de dúvida ter sido Pedro o chefe da comunidade cristã em Jerusalém, após a morte de Cristo, sendo, como tal, preso duas vezes (At 4,3 e 5,18).
Quanto à sua morte, também tudo é duvidoso. João, com as palavras enigmáticas do seu Evangelho, parece querer dar a entender que a morte de Pedro foi conseqüência de sua avançada idade e que as peias à sua liberdade foram devidas a alguma doença que lhe impedia os movimentos. No começo do séc. III, mostravam-se, porém, no Vaticano, as sepulturas de Pedro e Paulo.
Fizeram-se, há pouco tempo, escavações no subsolo da basílica de São Pedro, em Roma, pesquisando a tumba do apóstolo; até agora, contudo, apesar da seriedade dessas investigações, apenas se concluiu que o lugar fora um cemitério cristão.
Pedro é um dos santos mais populares da cristandade. Sua festa, a 29 de junho, é dia santo e em alguns setores profissionais, no Brasil, é comemorada com feriado, assim como no campo é festejada com fogueiras. Correm pelo sertão brasileiro várias histórias de São Pedro, onde aparece como personagem astuto, ladino, mas assim mesmo um tanto ingênuo. Sua função de 'chaveiro do céu' é motivo) para um anedotário popular. Lindolfo Gomes, em Contos populares, reuniu variado elemento folclórico a seu respeito, que caracterizou como 'ciclo de São Pedro'. (A. X. T.)
São Paulo
Primeiro grande missionário e teólogo cristão, chamado o Apóstolo dos Gentios (Tarso, Cilícia, c. 10 d.C. - Roma, 6. 67). Sua importância no seio da cristandade é somente menor que a de seu fundador. De origem e formação judaicas, enfatizou a distinção entre 'judaísmo e o Evangelho de Cristo, proclamando a este como o gula da verdadeira religião universal.
Sua atitude revolucionária modificou a orientação seguida pelos primitivos apóstolos e apontou a cruz como o caminho da salvação, o que levou os cristãos a uma situação-limite, expressada pela única escolha possível: Cristo ou o farisaísmo. Grande estadista, conseguiu transformar a Igreja numa organização tão poderosa quanto o império romano.
É impossível apontar com segurança as circunstancias que lhe cercaram a infância e juventude, mas, a dar-se crédito à sua correspondência, pode-se imaginário homem de sólida educação liberal e estudioso afeito aos problemas (ia cultura grega. A análise das cartas permite ainda que se forme uma idéia a respeito de sua vida, bem como sobre as influências judaicas que recebeu.
Em Tarso aprendeu o grego, o latim e o hebraico. Mais tarde, em Jerusalém, estudou na escola de Gamaliel, onde tomou contato com a dialética, processo de que muito viria a se utilizar em suas especulações teológico-filosóficas. Essa formação intelectual torna compreensível sua concepção universalista do cristianismo.
Terminada a educação rabínica, teria voltado a Tarso e logo a Jerusalém. Durante esse tempo torna-se fariseu exaltado, perseguindo os cristãos. Tal procedimento cederia lugar a uma radical transformação, fruto da visão da estrada de Damasco. Convertido, retira-se para o deserto, aí se entregando, durante dois anos de solitária contemplação, aos êxtases da revelação cristã.
De volta a Damasco, perseguições judaicas obrigaram-no a fugir para Jerusalém, onde se encontra com o apóstolo Pedro. Convidado depois por Barnabé a tomar parte nos trabalhos ministeriais da lgreja de Antioquia, visita Jerusalém pela segunda vez, ocasião em que, inspirado pelo Espírito Santo, traça os rumos de um novo apostolado de vanguarda, iniciando suas célebres jornadas apologéticas.
A primeira das três expedições paulinas dirige-se a Chipre. Em pouco tempo, Paulo, que partira de Jerusalém em 47 d.C., consegue converter o procônsul romano Sérgio Paulo. O acontecimento, de extraordinária importância, garante o êxito da missão, que se estenderia ainda às regiões de Panfília, Pisídia e Licaônia, onde numerosas igrejas foram fundadas.
Entre a primeira e a segunda jornada realiza-se o Concílio Apostólico de Jerusalém (48 ou 49 d. C.), a que Paulo e Barnabé comparecem como representantes da lgreja.
A segunda jornada missionária (50 d.C.) partiu em direção à Ásia Menor e, seguindo o rumo NE, atingiu Troáda, onde uma visão misteriosa fez com que Paulo se dirigisse à Europa. Atravessou a Macedônia, visitou Atenas, estabelecendo-se finalmente em Corinto. Aí, além de organizar a comunidade cristã, exerceu grande atividade apologética e política. As epístolas paulinas dessa época são, talvez, as primeiras do Novo Testamento. Três anos depois, retorna à Palestina, chegando a Antioquia em 53 ou 54 d. C.
Logo em seguida inicia-se a terceira 'ornada missionária, que, refazendo rapidamente o itinerário da anterior, dirige-se a Éfeso, onde, por mais de três anos, desenvolve o apóstolo intensa atividade doutrinária. Não longe dessa cidade, porém, seus inimigos conspiram contra as igrejas gregas por ele fundadas. Em Corinto e na Galácia acusam-no de ser apenas um apóstolo secundário, estranho, portanto, aos 12 primitivos companheiros de Jesus, e concluem que seu Evangelho não passa de uma falsa interpretação dos princípios judaico-cristãos.
Em duas famosas epístolas, aos Gálatas e aos Coríntios, responde às acusações, refutando ponto por ponto as críticas de seus adversários. Pouco antes de abandonar definitivamente a Grécia, escreve sua mais importante epístola, aos Romanos, em que revê inúmeros fundamentos teológicos do Cristianismo. Ao regressar a Jerusalém (57 ou 58 d.C.), vê-se acusado por fanáticos de profanar os templos.
Encarcerado em Cesaréia, é depois transferido para Roma, onde consegue ser absolvido. Em 61 d.C. realiza algumas missões, que o levam mais uma vez ao Oriente e, provavelmente, à Espanha. De volta a Roma, os judaizantes da comunidade o perseguem, acabando por prendê-lo. Após longo processo, foi decapitado, por ordem de Nero.
A doutrina de são Paulo está contida em, suas 14 epístolas canônicas. Nelas, em estilo rico e enérgico, matizado de poderosas imagens, vivifica os dogmas fundamentais da teologia cristã. Sua posição, decididamente cristocêntrica, leva-o à visão redentora do Cristo-Deus glorioso. O universalismo religioso de Paulo, acima das diferenciações raciais, sociais, econômicas e geográficas, é a síntese suprema do Cristo místico, cuja. a unidade enlaça o próprio COSMO.
Saulo ('desejado') era o nome primitivo de Paulo (do lat. paulus, 'pequeno'), que assim passou a chamar-se provavelmente em homenagem ao pro-cônsul convertido Sérgio Paulo. O apóstolo era cidadão romano, com educação tradicional rabínica. É festejado a 29 de junho.
São Sebastião
Mártir cristão, nascido segundo alguns em Milão, cidade de sua mãe, e segundo outros em Narbona, terra natal de seu pai, sendo sua festa celebrada a 20 de janeiro. Passou a maior parte de sua vida em Roma, ao tempo do imperador Diocleciano. Soldado do exército romano, chegou a alcançar o comando de uma coorte de pretorianos. Por ser cristão e divulgar sua doutrina, foi denunciado e preso.
Diocleciano tentou em vão dissuadi-lo, condenando-o à morte, sentença que os arqueiros se encarregaram de cumprir. Crivado de flechas, São Sebastião foi encontrado por Irene, uma cristã, que, ao retirá-lo da árvore onde seus algozes o haviam amarrado, verificou que o corpo do mártir ainda estava com vida. Conduzido à casa de Irene, São Sebastião se restabeleceu em poucos dias.
Insensível às súplicas dos cristãos, apresentou-se ao imperador, que, desta vez, ordenou fosse açoitado até morrer (c. 255). Seu cadáver, jogado na cloaca de Roma, foi outra vez descoberto por uma mulher, Lucina, a quem o santo apareceu em sonho, pedindo que o sepultasse nas catacumbas, ao lado dos apóstolos.
Próximo a este lugar, junto à via Ápia, foi posteriormente construída uma basílica em sua honra. Esta, durante a Idade Média, tornou-se centro popular de devoção e peregrinações. Em Portugal há pelo menos, 92 igrejas que o têm por orago. No Brasil é padroeiro de 144 paróquias, inclusive na cidade do Rio de Janeiro, cujo nome canônico é São Sebastião do Rio de Janeiro. Justifica-se a adoção desse nome pelo fato de que a primeira grande vitória das armas portuguesas contra os franco-tamoios, na região da Guanabara - a batalha de Uruçumirim -, travou-se a 20 de Janeiro.
São Antônio
Santa Barbara
São Benedito
Santa Catarina
São Cosme e São Damião
Santa Luzia